domingo, 1 de dezembro de 2013

Prática 7. Corte a mão livre - anatomia foliar

1- INTRODUÇÃO


Para uma boa observação ao microscópio o material deve ser o mais transparente possível ou pelo menos, translúcido. As secções podem ser feitas a mão livre, usando-se lâminas  de barbear ou para estudos mais refinados, utilizando-se aparelhos especiais, os micrótomos. Tipos de corte: no estudo de determinado órgão vegetal é indispensável a utilização de cortes realizados em diferentes posições e em diferentes planos. Os mais comuns são:

  1. Cortes Transversais: feitos num plano perpendicular ao eixo do órgão;
  2. Cortes Longitudinais: feitos num plano paralelo ao maior eixo do órgão;
  3. Cortes Paradérmicos: cortes superficiais, feitos num plano à superfície do órgão, sendo utilizados principalmente no estudo de órgãos laminares.

Para a obtenção de bons cortes (suficientemente finos) há necessidade de prática, porém, seguindo-se algumas regras básicas o principiante poderá obter bons resultados:


  • Sempre utilizar lâminas de barbear novas;
  • Antes de iniciar os cortes, tornar plana a superfície da peça a ser cortada;
  • Molhar a lâmina de barbear e o material, antes de cortar;
  • Se o material for resistente, prendê-lo entre o polegar e o indicador, na orientação desejada, fazendo o lâmina de barbear deslizar suave e continuamente sobre a superfície do material, sem aprofundar, para a obtenção de cortes finos;
  • Materiais delicados ou muito pequenos necessitam de um suporte para que possam ser cortados . Pode-se utilizar:  pedaços de cenoura. medula de embaúba, girassol ou sabugueiro e cilindros de cortiça ou de isopor;
  • Fazer grande número de cortes, colocando-os em um vidro de relógio ou placa de Petri contendo água e, a seguir selecionar os mais finos;
  • Transferir os cortes selecionados para a lâmina, utilizando um pincel fino, e colocar a lamínula num ângulo aproximadamente de 45° graus, para evitar a formação de bolhas de ar;
  • Na realização de cortes paradérmicos, prender o material (geralmente folha) sobre o dedo indicador, firmando-o com os dedos  polegar e médio, e realizar um corte superficial. Pode-se também fazer uma incisão pouco aprofundada e puxar com uma pinça;
  • Para seccionar folhas largas, pode-se dobrá-las várias vezes, conseguindo-se assim, grande número de cortes de uma só vez;
  • Para a observação ao microscópio, os cortes devem ser colocados entre lâmina e lamínula, imersos em líquido de montagem. 
2- OBJETIVO

Confeccionar cortes a mão livre a partir de folhas e classificar as estruturas observadas no órgão vegetativo.

3- MATERIAL

01 Microscópio óptico;
01 Lâminas de barbear;
03 Placas de Petri;
10 Lâminas de microscopia (limpas e secas);
10 Lamínulas de microscopia (limpas e secas);
01 Folha de isopor grosso;
01 mL de corante Sudan IV;
01 mL de corante azul de metileno;
05 mL de hipoclorito de sódio 2%;
01 Folha de Sansevieira sp (Espada de São Jorge).
10 mL de água destilada (pisseta);
01 Microscópio trinocular acoplado a TV.

4- MÉTODOS

  1. Montamos no isopor uma estrutura de suporte para os órgãos vegetais serem em seguida cortados;
  2. Com a lâmina de barbear faizemo cortes transversais, paradérmicos, longitudinais radiais e tangenciais e colocamos nas placas de Petri contendo água destilada;
  3. Selecionamos os melhores cortes (finos e transparentes) com o auxílio do pincel (uso pessoal);
  4. Colocamos sobre a lâmina, coramos (Sudan IV ou Azul de Metileno), e observamos ao microscópio óptico;
  5. Fotografamos com o auxílio de uma câmera.

Corte Paradérmico

Observamos a presença da epiderme que é a primeira camada da células e a presença de estômatos.


Corte Longitudinal

Observamos a epiderme que é a primeira camada da células e com o corte longitudinal o feixe vascular e visto lateralmente
Sansevieira sp. (Espada de São Jorge) - Folha

Corte Transversal

Observamos a epiderme que é a primeira cama da célula, os feixes vasculares são os pontos escuros e o parênquima são as células claras
Sansevieira sp. (Espada de São Jorge) - Folha


5- CONCLUSÃO

Fizemos cortes paradérmicos, transversais e longitudinais na folha da Sansevieira sp. (Espada de São Jorge), observamos e classificamos as estruturas da folha. Dessa forma alcançamos com satisfação os objetivos desta aula.

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FINA, Bruna Gardenal. Apostila Prática Morfologia e Anatomia Vegetal. Curso de Ciências Biológicas: UFMS/CPAQ, 2011.

OLIVEIRA, F. de. Fundamos de farmacbotânica e de morfologia vegetal. 3ª ed., São Paulo: Atheneu, 2009. 228 p.

Postado por: Carol Mendes.

22 comentários:

  1. A Espada-de-São-Jorge é uma planta de origem africana, de extrema resistência tanto ao frio quanto ao calor, e que requer poucos cuidados, sendo bastante tolerável a baixa fertilidade do solo. Suas folhas apresentam uma coloração verde acinzentada em duas tonalidades de estrias: uma mais escura e uma mais clara.

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    1. Existe uma curiosidade da Espada-de-São-Jorge Dayane que diz que ela proteje contra o mau-olhado, especialmente quando colocada na entrada da casa. Porém a espécie ajuda também a purificar o ár, pois filtra poluentes.

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  2. Quanto sua consistência a planta é membranácea possui consistência de membrana sutil e flexível. A superfície de suas folhas são lisas sem acidentes, possuindo nervuras nas folhas do tipo paralelinérvea com nervuras secundarias paralelas em relação à principal, quando existe. Suas folhas são sésseis, sem pecíolo, portanto não possuem eixo de sustentação, suas folhas emergem direto do caule.

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  3. O parênquima é um tecido vegetal definitivo formado a partir do meristema fundamental, de constituição simples e formado por células vivas, grandes, com uma grande quantidade de vacúolos e cloroplastos e que apresentam paredes finas, não lenhificadas. O parênquima é o tecido mais abundante nas plantas.

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  4. Os vários tipos de cortes (paradérmico, longitudinal e transversal) nos permite entender melhor as características vegetais.

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  5. Vale lembrar também Pollyana que o parênquima é um tecido composto por células vivas com propriedades meristemáticas, ou seja, possuem capacidade de divisão celular. Graças a essa propriedade, são muito importantes para a planta nos processos de cicatrização.

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  6. Através do corte paradermico é possível observa os estomatos que são constituído por duas células com formato parecido com o do feijão, meio curvadinho, essas células são chamadas de células-guarda; que são ricas em clorofila e estão inseridas na epiderme junto com inúmeras outras células conhecidas como células acessórias, que não possuem clorofila veja a imagem através do link. .http://www.brasilescola.com/upload/e/estomato1_g.jpg

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  7. CORTES TRANSVERSAIS: feitos num plano perpendicular ao maior eixo do órgão.
    CORTES LONGITUDINAIS: feitos num plano paralelo ao maior eixo do órgão.
    CORTE PARADÉRMICOS: cortes superficiais , feitos num plano pralelo à superfície do órgão, sendo utilizados principlamente no estudo de órgãos laminares.

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  8. É interessante o uso de suportes para a execução dos cortes à mão livre, pois possibilitam maior precisão dos cortes. Fazer vários cortem também é essencial pois assim pode- se selecionar os mais finos/ transparentes

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  9. anatomia vegetal constitui um capítulo da Botânica de grande importância para a compreensão da vida das plantas.A apresentação de cada estrutura refere as respectivas zonas anatómicas e as características histológicas correspondentes. De modo q assim é feito um estudo da raíz, do caule e da folha.

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  10. Nesta aula nos podemos evidenciar os tipos de cortes que realizamos a mão livre com isso entendemos melhor as características dos vegetais.

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  11. É interessante o uso de suportes para a execução dos cortes à mão livre, pois possibilitam maior precisão dos cortes. Fazer vários cortes também é essencial pois assim podemos selecionar os mais finos/ transparentes. Para que possamos vizualizar as estruturas anatômicas, devermos fazer e manipular os cortes com precisão e cuidado, observando sempre o plano de corte, que podem ser:
    Transversal
    Perpendicular ao maior eixo do órgão.
    Longitudinal
    Paralelo ao maior eixo do órgão.
    Paradérmico
    Paralelo à superfície do orgão.

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  12. A espada-de-são-jorge ou espada-de-santa-bárbara, também conhecida como língua-de-sogra, rabo-de-lagarto e sanseviéria, é uma planta herbácea de origem africana. Além do seu uso ornamental, as espadas-de-são-jorge são também conhecidas como plantas de proteção contra o mau-olhado, devendo ser colocadas próximo à entrada das casas.

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  13. O feixe vascular é um dos elementos que constituem o sistema de transporte das plantas . O transporte propriamente dito ocorre no tecido vascular, que existe sob duas formas, o xilema e o floema. Ambos os tecidos estão presentes , que também inclui tecidos de suporte e de proteção.

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  14. Espada de São Jorge
    Herbácea de resistência extrema, excelente para jardins de baixa manutenção. No entanto seu crescimento é um pouco lento. Suas folhas são muito ornamentais e podem se apresentar de coloração verde acinzentada e variegadas, com margens de coloração branco-amareladas, todas com estriações de um tonalidade mais escura. As flores brancas não tem importância ornamental. É uma planta de utilização bastante tradicional e a cultura popular recomenda como excelente protetor espiritual.

    Devem ser cultivadas à pleno sol ou meia-sombra, em vasos ou em maciços e bordaduras. Resiste tanto à estiagem, como ao frio e ao calor, além de ser pouco exigente quanto à fertilidade. Multiplica-se por divisão de touceiras, formando mudas completas com folhas, rizoma e raízes.

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  15. O xilema é encontrado normalmente em disposição adaxial e o floema em disposição abaxial. Num caule ou numa raiz isto significa que o xilema está mais próxima do centro destas estruturas enquanto que o floema está mais próximo do exterior.

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  16. Para observar ao microscópio o material deve ser o mais transparente possível ou pelo menos, translúcido. Os cortes podem ser feitos a mão livre, usando-se lâminas de barbear.

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  17. Nesta aula realizamos diversos tipos de cortes onde foi observado a epiderme: com seus sistema de revestimento, cujas faces adaxial (superior ou ventral) e
    abaxial (inferior ou dorsal) são recobertas por cutícula. Suas células se caracterizam por estarem perfeitamente justapostas, sem deixar espaços intercelulares. número de camadas que formam a epiderme pode variar, bem como a forma das células, sua estrutura, o arranjo dos estômatos, a morfologia e arranjo dos tricomas, a ocorrência de células especializadas etc.
    Em geral, em vista frontal, as células epidérmicas são poligonais ou irregulares nas folhas com nervação reticulada. Já nas folhas com nervação paralela são
    normalmente poligonais ou irregulares, alongadas, com o maior eixo sempre paralelo ao sentido longitudinal do órgão. No caso de epiderme múltipla,a camada externa geralmente assume características típicas de epiderme, enquanto as camadas subjacentes diferem do mesofilo por apresentarem pouco ou nenhum cloroplasto.

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  18. Descrição Botãnica:
    Reino: Plantae
    Divisao:Magnoliophyta
    Classe: Magnoliopsida
    Ordem: Asparagales
    Família: Liliaceae
    Gênero: Sansevieira
    Espécie: S. Trifasciata
    Nome vulgar: Espada-de-São Jorge.

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  19. O "corante azul de metileno"
    Em botânica ele é muito importante, pois, utilizado para identificar determinados tipos de células de plantas, por exemplo, como esclerenquimaticas vasos condutores.

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  20. A separação da folha de um ramo, sem que o mesmo seja danificado, recebe o nome de abscisão foliar. Geralmente, a abscisão é o resultado da diferenciação, na base do pecíolo, de uma região especializada, denominada zona de abscisão, em cujas células ocorrem mudanças químicas e estruturais, que facilitam a separação da folha.

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  21. Aula de anatomia foliar com o Biólogo Dr Guilherme Araújo Lacerda(CRBIO 44480/04-D).
    A folha tem a função de produzir, através de suas células clorofiladas, alimento para a planta. Em relação a sua anatomia apresenta grandes variações de acordo com a necessidade adaptativa apresentada pela planta

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